BEBEDEIRA
as
garrafas fam fileiras,
argalhantes,
companheiras,
nas
estantes dessa zona:
garrafinhas,
garrafonas,
verdes,
brancas,
grossas,
fracas,
o olho
chiscam sob as luzes
ao
consumo me induzem,
grolos tolos,
sem controlo
a que
beba o conteúdo
seja
grande ou miúdo
o licor
beber com jeito
tecer com teito
lezer com leito
peper com peito
pauta
pouta
tou a
ver que nessa esquina
umha
humana feminina
ri com
dentes de cavalo,
olha
alguém para tentá-lo,
move o
queixo,
lança
um beijo,
com
desleixo:
e eu
nom deixo
de ver
branco sobre as meias,
pernas
pálidas, sem veias.
eu
adoro-te, querida,
porque
te amo sem medida,
quero,
dama,
ir prà
cama,
e
aquecer-nos
e
esquecer-nos
esquecer-nos
das tristezas
ergueder-no
dar distezas
Engadir-no
dar bareza
borreza
eu
nex-xito
nex-xito
bodes
der-me dar-dixer-me
onde
anda onde meter-me
na ca
na cax-de
cax-de
de
graxas
gradas obi gado
graças
'scupa nomtou bebdo
'scupa nomtou bebdo
'scupa
'scupa
'aças
'aças
pausa
náusea
William Auld (1924-2006), poeta escocês em esperanto
(notas
para lusófonas/os nom galegas/os: argalhante: que argalha, tramador,
conspirador. Chiscar o olho: piscar o olho. Grolo: gole, trago. Tolo: louco.
Lezer: lazer. Pouta: garra. Engadir: juntar, acrescentar. Graças: obrigado)
O poema de Auld cantado polo Coro e Orquestra da Ópera e Filarmonia da Podláquia, Polónia
Isto avísase, creas un blog e non me dis nada, e o caso e que vin o teu comentario, pero ando tan enredada que nin me dei conta de que era dun blog. Que che conste que non me pareceu nada ben.
ResponderEliminarPor certo gústame o nome.
Un biquiño