SEM DORMIR
No eléctrico, bem cedo,
naquelas ruas abertas,
ou polas noites, desperta,
é no amor que eu só penso...
no eléctrico, bem cedo,
naquelas ruas...
E quanto mais eu vejo
contra-sensos, desatinos
tanto mais no amor matino...
No amor, nom no desejo...
E quanto mais eu vejo
contra-sensos...
E a cidade de apatia
mostra a face e a gente
só nos cobres tem a mente...
Nel matino... Só queria...
E a cidade de apatia
mostra a face...
No amor que se diria
nos unir ainda; escoita:
já nom caibo em mim, e afoita
Mesmo a vida tiraria...
No amor que se diria
nos unir...
ou polas noites, desperta,
é no amor que eu só penso...
no eléctrico, bem cedo,
naquelas ruas...
E quanto mais eu vejo
contra-sensos, desatinos
tanto mais no amor matino...
No amor, nom no desejo...
E quanto mais eu vejo
contra-sensos...
E a cidade de apatia
mostra a face e a gente
só nos cobres tem a mente...
Nel matino... Só queria...
E a cidade de apatia
mostra a face...
No amor que se diria
nos unir ainda; escoita:
já nom caibo em mim, e afoita
Mesmo a vida tiraria...
No amor que se diria
nos unir...
Eli Urbanová (1922-2012), poeta checa em esperanto
(notas para lusófonas/os nom galegas/os: matinar: reflectir, meditar. Escoitar: escutar)
ANSTATAŬ DORMI
ResponderEliminarMatene en la tramo,
sur strato, sed plej ofte
dum maldormado nokte
mi pensas pri la amo...
Matene en la tramo,
sur strato...
Kaj ju pli da abrupto
mi aŭdas dissplitiĝi,
des pli mi pensas pri ĝi...
Pri amo, ne volupto...
Kaj ju pli da abrupto
mi aŭdas..,
Kaj urbo apatie
mienas jen kaj homoj
parolas nur pri mono...
Mi pensas pri ĝi... Tiel...
Kaj urbo apatie
mienas...
Pri amo, kiu ligi
nin ŝajnas plu, pri tiu...
Kaj mi ĝojegas, sciu,
kaj povus min mortigi...
Pri amo, kiu ligi
nin ŝajnas...